segunda-feira, 30 de abril de 2012

Feliz Dia do Trabalhador.

A Benção do Trabalho


O trabalho é uma lei natural. Da mesma forma que a alimentação e o sono, ele é imprescindível para uma vida equilibrada e saudável. A necessidade de laborar constitui um precioso auxiliar do progresso. Ao movimentar seu corpo e sua inteligência para atingir um objetivo, o homem aprimora-se. No setor profissional a criatura vê-se obrigada a certas disciplinas que depois carreia para os demais setores de seu viver. Em sua profissão, a pessoa precisa observar horários, ser gentil e cordata, acatar determinações dos superiores. Essa disciplina, com o tempo, burila os aspectos mais ásperos da personalidade. A obediência gradualmente vai reduzindo o âmbito de atuação da vaidade e do orgulho. A pontualidade torna-se um saudável hábito, que evidencia respeito pelos semelhantes. A gentileza, a princípio forçada, lentamente torna-se um modo de ser. A inteligência, ao concentrar-se na solução de específicos problemas, ganha novo brilho e expande-se. Assim, sob os aspectos intelectual e moral, o trabalho é uma bênção. Mesmo quem possui fortuna, necessita trabalhar como um imperativo de equilíbrio. É que o desempenho de um ofício dá ao homem a possibilidade de ser um elemento útil na sociedade. Essa sensação de utilidade faz bem ao ser humano, permitindo-lhe vislumbrar uma finalidade maior em sua existência.Contudo, muitas pessoas consideram o trabalho como se fosse um castigo. O final de semana é aguardado como uma libertação, ao passo que a segunda-feira é amplamente lastimada. Grande contingente de homens deseja aposentar-se o mais cedo possível. Eles não se preocupam se com isso se tornarão pesados para a sociedade, por inúmeras décadas. No anseio de livrar-se do dever de trabalhar, contam em anos, meses e dias o tempo que falta para sua aposentadoria. Tal modo de pensar e sentir evidencia uma percepção equivocada do viver. A vida não possui como objetivo o descanso. Descansar de forma periódica e temporária é necessário para a restauração das forças. Mas a finalidade da vida é o aperfeiçoamento contínuo, proporcionado pela utilização dos próprios talentos na construção de um mundo melhor. Ao tornar-se inativo, todo organismo vivo tende para a decrepitude. O movimento e a atividade garantem a manutenção do vigor. O problema é que muitos se equivocam na escolha de suas atividades. A ganância frequentemente faz com que a profissão seja escolhida mais pela boa remuneração que proporciona do que pela vocação. Ocorre que desempenhar voluntariamente uma atividade de que não se gosta, podendo-se optar por outra, constitui um enorme peso colocado sob os próprios ombros. O trabalho não se destina somente a garantir a sobrevivência. Ele também deve proporcionar satisfação íntima. É o que se dá quando alguém sabe que faz bem algo de que gosta e que possui utilidade para os outros. Mas mesmo quando não se ama a profissão exercida, é possível desempenhá-la com competência e boa vontade. Basta que o profissional sinta que está fazendo sua parte na construção de um mundo melhor. Que ele vislumbre a importância do que faz para a harmonia do meio social em que se insere. Assim, ame o seu trabalho. Considere-o uma bênção que o auxilia a ser melhor a cada dia.
 PTB MULHER- MA
EMILCE CAMPOS  Presidente Regional e sua  Comitiva.



ncia.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

DIA DE FILIAÇÂO E CRIAÇÃO DO PTB MULHER E JPTB

A Comissão Executiva Regional do PTB MULHER,esteve na cidade de Araioses para um Dia de Filiação e criação do PTBM e JPTB naquele município. Tivemos nesse evento aproximadamente  um público de mais de oitocentas pessoas, e o alvo maior as mulheres.mulheres dispostas,guerreiras,batalhadoras,que vieram de outras regiões vizinhas,para mostrar que estavam alí   dispostas a contribuir com nosso partido e município delas.Empossada naquela região para presidir o PTBM a Senhorea Flavia Holanda pré candidata vereadora e JPT senhor Assis, todos empenhados na segurança feminina e masculina daquela região,presente também, lideranças comunitárias,Presidentes da Apae de outras regiões,pre´candidatos,ex primeira dama,a assessoria do deputado, foi justificada a ausencia do deputado Pedro Fernandes onde o mesmo está viajando pra outros muncípios nas convenções do partido.falamos tbm  da segurança do jovem, que deixa suas casa,ou sua escola e parte em busca de seus sonhos e na volta encontra um outro caminho com curvas destorcidas e que deve ser trablhado  para o convívio com a sociedade, justificada a presença do  Presidente do JPT por sua ausência onde o mesmo esta  em viagens contínuas pela nacional.Presente também o deputado Manoel Ribeiro com sua assessoria prestigiando a criação do ptbm e ao mesmo tempo preocupado com a segurança da mulher em sua total vulnerabilidade. Deputado Manoel Ribeiro ouviu junto com a Presidente Regional a insatisfação da população daquele município em relação ao descaso da prefeita, o que deixou a presidente  indignada com os depoimentos da população feminina sobre o desrespeito  da governante daquela cidade que deixa as mulheres em questão ao abandono total, no que diz a respeito a saúde. educação.e outros, o que fez a mesma se posicionare dizer que ter uma mulher a frente de órgão e que não cuida da outra mulher que não protege as mesmas, que não as prioriza isso é
uma vergonha,não merece ocupar o lugar que lhes foi dado,isso é brincar com a cara de quem os colocou e confiou no poder da transformação. Levaremos pra aquela cidade vários trabalhos, projetos ,onde o mesmo seja inserido a mulher como meio transfomador de suas habilidades para a mão de obra qualificada. O deputado Manoel Ribeiro sensibilizado com a causa da  mulher estará empenhado  em toda ajuda que se fizer necessário para o bem estar das mulheres araiosense e de todo estado.

Emilce Campos
Presidente Regional PTBM.



quarta-feira, 18 de abril de 2012

DIA DE FILIAÇÃO; APICUM-AÇU

Mais um município a ser criado  o PTBM,JPTB, sucesso total Graças a Deus, fizemos o dia de filiação.No evento tivemos presença de partidos políticos ,coligação,vereadores,juventude,mulheres idosas,lideranças comunitárias,O Presidente do Diretório Regional do PTB deputado federal( licenciado ) e  Secretário das Cidades Dr. Pedro Fernandes não pode se fazer presente no evento motivo viagens de convenção.Presente também e sempre nos apoiando e acompanhando nos eventos o deputado estadual  Manoel Ribeiro,voltado para segurança das mulheres em todas as esferas. Na sua fala  o deputado fez questão de incentivar as mesmas para o despertar das políticas públicas  partidárias e a importância das mesmas para as grandes mudanças.A presidente regional,fez uma grande esplanação da importância do PTBM, e , que as mulheres representam mais da metade da população desse país mas poucas ocupam cargos políticos e que elas precisam sair de seu casulo e começar dar voos altos, é preciso que deixem a timidez de lado e se insirem nas lutas de buscas de melhorias e respeito  para com elas mesmas. A presidente aproveitou o momento e sugeriu ao deputado que fosse reaberto a fábrica de filetamento do peixe,fechado para reforma e nunca mais voltou a funcionar por falta de interesse do prefeito daquele município,disse também,que ,a população daquele município está composta por várias mulheres pescadoras e que as mesmas precisam de um lugar de trabalho digno para poder trabalhar com conforto,já que, estão trabalhando em barracas improvisadas  e expostas ao sol e chuva,o que deverão ser tratadas com mais dignidade e respeito como mulheres que contribue para esse estado e país. Tivemos a fala do Presidente do PTB Municipal senhor Joceney e que disse estar muito feliz com a criação do PTBM  e JPTB e que servirá de crescimento para seu município, houveram outras falas como do senhor Lourival do PSC grande liderança política e que tem pretenções políticas no mandato da prefeitura. Saímos daquele município com a certeza de mais  um dever cumprido.

Emilce Campos
Presidente Regional - Ma

segunda-feira, 16 de abril de 2012

ATUALIDADES

Ministério vai investir R$ 500 mil na saúde de mulheres presas

 O Ministério da Justiça vai investir R$ 500 mil em unidades prisionais dos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Espírito Santo até o fim deste ano. A intenção é estruturar espaços para gestantes e mulheres encarceradas com filhos em idade de amamentação. 
Segundo o ministério, os recursos vão ser aplicados em kits de urgência e emergência;  equipamentos para coletas de materiais, exames básicos e ginecológicos; assistência à saúde de mulheres e crianças; dispositivos assistenciais em saúde bucal, entre outros.
Cada estado vai receber até R$ 165 mil, por meio do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). As três unidades da Federação foram escolhidas por apresentar as maiores populações prisionais femininas entre as não contempladas com recursos federais para a mesma finalidade até o ano passado.  São 1.819 custodiadas no Rio de Janeiro; 1.704 em Pernambuco e 1.406, no Espírito Santo.
O MJ informou ainda que os procedimentos e critérios para o financiamento de projetos, ações ou atividades foram divulgados na edição do Diário Oficial da União (DOU) do dia 28 de março. Os estados indicados têm até o dia 6 de abril para apresentar os projetos de acordo com a metodologia adotada e oferecida pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Atualidades

Ministério vai investir R$ 500 mil na saúde de mulheres presas

 

O Ministério da Justiça vai investir R$ 500 mil em unidades prisionais dos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Espírito Santo até o fim deste ano. A intenção é estruturar espaços para gestantes e mulheres encarceradas com filhos em idade de amamentação. 
Segundo o ministério, os recursos vão ser aplicados em kits de urgência e emergência;  equipamentos para coletas de materiais, exames básicos e ginecológicos; assistência à saúde de mulheres e crianças; dispositivos assistenciais em saúde bucal, entre outros.
Cada estado vai receber até R$ 165 mil, por meio do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). As três unidades da Federação foram escolhidas por apresentar as maiores populações prisionais femininas entre as não contempladas com recursos federais para a mesma finalidade até o ano passado.  São 1.819 custodiadas no Rio de Janeiro; 1.704 em Pernambuco e 1.406, no Espírito Santo.
O MJ informou ainda que os procedimentos e critérios para o financiamento de projetos, ações ou atividades foram divulgados na edição do Diário Oficial da União (DOU) do dia 28 de março. Os estados indicados têm até o dia 6 de abril para apresentar os projetos de acordo com a metodologia adotada e oferecida pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Santo até o fim deste ano. A intenção é estruturar espaços para gestantes e mulheres encarceradas com filhos em idade de amamentação. 
Segundo o ministério, os recursos vão ser aplicados em kits de urgência e emergência;  equipamentos para coletas de materiais, exames básicos e ginecológicos; assistência à saúde de mulheres e crianças; dispositivos assistenciais em saúde bucal, entre outros.
Cada estado vai receber até R$ 165 mil, por meio do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). As três unidades da Federação foram escolhidas por apresentar as maiores populações prisionais femininas entre as não contempladas com recursos federais para a mesma finalidade até o ano passado.  São 1.819 custodiadas no Rio de Janeiro; 1.704 em Pernambuco e 1.406, no Espírito Santo.
O MJ informou ainda que os procedimentos e critérios para o financiamento de projetos, ações ou atividades foram divulgados na edição do Diário Oficial da União (DOU) do dia 28 de março. Os estados indicados têm até o dia 6 de abril para apresentar os projetos de acordo com a metodologia adotada e oferecida pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen). 













quarta-feira, 11 de abril de 2012

CHEGA DE TORTURAR MULHERES...

O que o STF decidirá, ao julgar a permissão do aborto de anencéfalos, é se o Brasil respeita os direitos humanos – ou prefere seguir infligindo dor a mulheres que tiveram a infelicidade de gerar um feto incompatível com a vida

 

ELIANE BRUM - 09/04/2012 11h07 - Atualizado em 09/04/2012 11h34
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Chega de torturar mulheres

O que o STF decidirá, ao julgar a permissão do aborto de anencéfalos, é se o Brasil respeita os direitos humanos – ou prefere seguir infligindo dor a mulheres que tiveram a infelicidade de gerar um feto incompatível com a vida

ELIANE BRUM
Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista (Foto: ÉPOCA)Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de um romance - Uma Duas (LeYa) - e de três livros de reportagem: Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo). E codiretora de dois documentários: Uma História Severina e Gretchen Filme Estrada.
 Depois de quase oito anos, o Supremo Tribunal Federal deverá votar nesta quarta-feira (11) uma ação que decidirá se as mulheres grávidas de um feto anencéfalo (malformação incompatível com a vida) poderão interromper a gestação sem necessidade de autorização judicial. Hoje, elas são obrigadas a peregrinar pela Justiça, em geral por meses. Em alguns casos, o juiz dá autorização, em outros não, numa zona ambígua que depende das crenças pessoais de quem julga. Às vezes, quando o juiz dá a licença, já demorou tanto tempo, ocorreram tantas idas e vindas no processo, que o bebê nasceu e morreu. Em parte porque, ao descobrir que uma mulher pediu a interrupção da gestação anencefálica, grupos religiosos usam a estratégia de atrasar o processo com recursos como, por exemplo, um “habeas-corpus para o feto”. A ação, que já é lenta, tarda ainda mais, até que não exista mais o que julgar. Na prática, como todos sabemos (com exceção dos hipócritas, talvez), as mulheres de classe média resolvem a questão buscando clínicas clandestinas de aborto, para não ter de se submeter à demora e às dificuldades de um processo judicial no Brasil. Quem procura a Justiça são as mulheres pobres, que dependem da rede pública de saúde para interromper uma gravidez. Nesta quarta-feira, o STF terá a chance de estancar – com atraso – uma violação sistemática dos direitos humanos causada por um vácuo na lei, que além de desamparar as brasileiras mais frágeis em um momento dificílimo da vida, as condena à tortura.Divido essa coluna em duas partes. Na primeira, faço algumas considerações gerais sobre a questão que será julgada pelo Supremo a partir do meu olhar sobre ela. Na segunda, conto a história de uma mulher particular, Severina, porque aprendi que só compreendemos a vida – na vida. Em 20 de outubro de 2004, o Supremo derrubou uma liminar que permitia interromper a gestação de anencéfalo sem autorização judicial. Um dos ministros disse, ao votar: “Mas quem são essas mulheres? A gente nem sabe se elas existem”. As mulheres severinas existem. E, como veremos, são, sim, torturadas.

A pergunta que o Supremo responderá nesta quarta-feira é a seguinte: “Uma mulher, grávida de um feto anencéfalo, pode interromper a gestação sem necessidade de autorização judicial?”. Espero que a resposta da corte seja afirmativa. Acompanho o percurso dessas mulheres há quase dez anos e me parece claro que este é um debate de direitos humanos. Impedir uma mulher de interromper a gestação de um feto incompatível com a vida, se ela assim o desejar, é condená-la à tortura. Assim como também seria tortura obrigar uma mulher a interromper essa mesma gestação se ela desejar levá-la até o fim porque, por crença religiosa ou qualquer outro motivo, encontra sentido nesse sofrimento.
Este é o ponto: se o feto é incompatível com a vida, só quem pode decidir pela interrupção ou não da gestação é quem o carrega no ventre. Ninguém mais – nem as feministas, nem os padres, nem eu ou você. Em geral, olhar pelo avesso nos ajuda a enxergar o quadro com maior clareza. Imagine se a lei brasileira determinasse o oposto. Ou seja: pela lei, todas as mulheres grávidas de fetos anencéfalos fossem obrigadas pelo Estado a interromper a gestação assim que o diagnóstico tivesse sido comprovado. Se não quisessem, precisariam entrar na Justiça para impedir o aborto compulsório. Neste caso, a violação de direitos humanos seria a mesma. E eu estaria aqui, defendendo o direito dessas mulheres de levar a gestação até o fim com a mesma veemência.

Ninguém deveria poder decidir por uma mulher como ela vai lidar com a gestação, dentro do seu corpo, de um feto que não poderá viver. Só ela sabe da sua dor – e de que escolha será mais coerente com aquilo que ela é – e acredita. As estatísticas mostram que 100% dos anencéfalos morrem: cerca da metade ainda na gestação, a outra metade após o parto. O que acontece hoje – e é essa desigualdade de direitos que o Supremo vai anular ou cristalizar nesta quarta-feira – é que as mulheres que encontram sentido em levar essa gestação até o fim têm seu direito respeitado. E aquelas para quem é insuportável conviver, dia após dia, gerando a morte em vez da vida, são torturadas.
Nunca cometi a indignidade de julgar uma mulher que decide levar uma gestação de anencéfalo até o fim. O sentido só pertence a ela – e aqueles que a julgarem extrapolam limites de humanidade. Do mesmo modo, lamento aqueles que se apressam a condenar as mulheres para quem a gestação se tornou intolerável. Na tentativa de impor suas crenças para todos, com a soberba de quem acredita deter o patrimônio do bem, cometem barbáries contra pessoas já fragilizadas pela imensa dor que é gerar um filho condenado à morte por uma malformação.

A dor e o luto pelo filho desejado e perdido são inevitáveis, como qualquer mulher ou homem que já testemunhou essa tragédia de perto – ou mesmo de longe – sabe. O outro sofrimento, o de continuar a gerar um filho para enterrá-lo, porque não lhe permitem interromper essa gestação sem futuro, não. Esse martírio pode ser evitado.
De tempos em tempos, grupos contrários à permissão do aborto no caso de anencefalia exibem uma mulher que decidiu levar a gravidez até o fim como uma espécie de heroína – como se ela fosse uma mãe melhor do que aquela que escolheu interromper a gestação. É uma mentira. Não há heroínas nessa história, apenas mulheres que sofrem. Qualquer oposição entre a mulher que optou por interromper a gestação e aquela que preferiu mantê-la é falsa. Ambas são mulheres que, diante da mesma tragédia, fizeram escolhas diferentes. E ambas devem ser respeitadas na sua decisão, seja ela qual for. O que discutimos aqui é por que uma escolha é econhecida pelo Estado – e a outra não é Há algo importante para compreender nessa tragédia, que talvez parte das pessoas deixe de perceber por não ter convivido com ela. A mulher que se descobre grávida de um feto anencéfalo desejou aquele filho. Em geral, ela o planejou. Quando soube que estava grávida, ela comemorou. E então, num exame com 100% de confiabilidade, ela descobriu que seu filho era anencéfalo. Ou seja, uma malformação letal determinou a impossibilidade de seu filho viver.
Não se trata, portanto, de uma criança deficiente, como alguns definem, torturando também as palavras. Trata-se, como disse o ministro Ayres Britto, em 2004: “O que se tem no ventre materno é algo, mas algo que jamais será alguém”. Impor a essa mulher, submersa em desespero, a acusação de “assassina de crianças”, como alguns o fazem, “em nome da vida”, é cruel. Apenas isso: cruel.
Espero que, depois de quarta-feira, não caiba mais a nenhum de nós opinar sobre a escolha de uma mulher numa situação dolorosa como essa. Aquelas que decidirem levar a gestação até o fim continuarão sendo acolhidas em sua decisão – e aquelas que quiserem interrompê-la também serão amparadas pelo Estado. Ponto.
Agora, Severina, que nos conta com o seu viver o que é a vida em tragédia. Em 20 de outubro de 2004, no mesmo momento em que o Supremo derrubava a liminar que permitia o aborto de anencéfalo sem autorização judicial e um dos ministros perguntava se essas mulheres existiam, Severina Maria Leôncio Ferreira internava-se em um hospital do Recife para interromper a gestação. O médico decidiu deixar o procedimento para o dia seguinte – e no dia seguinte foi tarde demais. Severina teve de deixar o hospital carregando sua dor e sua barriga. Era o seu segundo filho. E ele não viveria.
Severina e seu marido Rosivaldo plantavam brócolis em Chã Grande, um pequeno município nas proximidades do Recife. Mesmo pobres e analfabetos, eles decidiram procurar a Justiça em busca de autorização para interromper a gravidez. Aqui talvez valha uma pausa para se enfiar na pele de Severina e imaginar o que é para uma mulher analfabeta, vinda da zona rural, sem dinheiro, buscar a Justiça no Brasil – e isso tudo em um momento em que se sentia despedaçada. Severina só teve a coragem de enfrentar essa enormidade porque continuar aquela gestação para a morte seria um martírio ainda maior.
Acompanhei Severina para contar o longo dia seguinte a que os ministros do Supremo não assistiriam. O documentário Uma História Severina (Imagens Livres), dirigido por mim e pela antropóloga Debora Diniz, mostra que as mulheres severinas existem – e precisam que o Estado reconheça sua existência, sua dor e seus direitos. A longa travessia de Severina é contada em apenas 23 minutos. Quem quiser pode assistir ao documentário na internet, basta clicar aqui. Em 2005, O filme foi enviado a todos os ministros do Supremo.

Não vou repetir o que está contado pelo registro da vida em curso de Severina. Cada um pode ver por si mesmo. Quero contar apenas sobre algumas pequenas delicadezas e grandes brutalidades da trajetória de Severina que podem complementar as imagens – e nos ajudar a compreender o que significa para uma mulher ser condenada a continuar gerando um filho para a morte. Nas últimas semanas do martírio de Severina, eu tirei férias da ÉPOCA, onde trabalhava como repórter especial, e passei a acompanhá-la. Só a deixei depois do enterro do bebê, que nasceu morto.
Se a liminar não tivesse sido derrubada, Severina faria o aborto no quarto mês de gestação. Como foi obrigada a entrar na Justiça, seu sofrimento foi prolongado até o sétimo mês, quando finalmente conseguiu a autorização. Tenho convicção de que Severina não deveria ter vivido o que viveu nesses três meses. Ao testemunhar seu sofrimento, ficou muito claro para mim que aquilo era, sim, um tipo de tortura – uma tortura imposta pelo Estado.
Até o exame revelar que seu filho era anencéfalo, Severina fazia o pré-natal na companhia de outras grávidas da zona rural, numa alegre romaria de mães tecendo roupinhas e planos. Severina queria muito um segundo filho – e Rosivaldo, seu marido, sonhava com uma menina. De repente, os caminhos dessas mulheres bifurcaram-se – também literalmente. Dali em diante, Severina seguiria sozinha, por outra estrada. E no percurso dela, haveria morte – e não vida.
Imaginar como era a cabeça do filho dentro dela foi um dos horrores vividos por Severina nos três meses que se seguiram. Ela tinha, naquele momento, um medo e uma esperança. O medo era o de machucar, com algum movimento mais brusco, aquela cabeça em que o médico disse e o ultrassom mostrou que faltava uma parte. Para ela, era como uma ferida aberta. Numa ocasião, Severina sentiu-se mal e botou para fora um vômito escuro. Pensou que era sangue. E sofreu atrozmente por pensar que tinha machucado a cabeça do bebê.

A esperança, Severina só às vezes confessava. Mas pensava, quase sempre, que algo mágico aconteceria de repente, e a cabeça do filho seria reconstituída dentro dela. A cada sensação diferente, essa fantasia reacendia-se. Severina então me dizia, meio envergonhada: “Eu sei que não pode ser, o médico disse que não acontece, mas será que...?”.
Enquanto esperavam por uma decisão judicial, em horas e horas de cadeira, pilhas e pilhas de papéis que não decifravam, Rosivaldo, o marido de Severina, enfrentava a curiosidade do povo na feira. Já se espalhara na pequena comunidade que ele era “o pai do bebê sem cabeça”. No próprio verbete do dicionário Houaiss, a anencefalia é definida como “monstruosidade”, o que diz bastante sobre como o senso comum percebe essa fatalidade. Na escassez de novidades da vida da cidade pequena, Rosivaldo despontou como o “pai do monstro”. E quando ele alcançava a feira para vender seus pés de brócolis, precisava se conter para não responder com violência física à agressão verbal da vida concreta dos dias.
Só quando a autorização judicial chegou, Severina reuniu forças para uma providência que até então não tivera coragem de tomar: comprar a roupa com que o filho seria sepultado. O ato transformou-se numa violência muito maior do que já era – uma violência que me faltou repertório para prever. Severina queria uma roupinha com capuz para impedir que a cabeça malformada do seu bebê ficasse exposta à curiosidade pública no enterro. Severina desejava pelo menos poder proteger seu bebê na morte. É importante lembrar que, agora, não era mais um aborto, como teria sido no início da gestação. Agora, seria um parto. Haveria um enterro e, para sempre, um filho sepultado. E, no caso de Severina, existiria ainda a insanidade de um bebê sem certidão de nascimento – mas com atestado de óbito.
Como venho do Estado mais frio do Brasil, eu jamais supus que encontrar uma touca poderia ser um problema. Mas, no clima tropical do Recife, Severina não conseguiu achar uma roupinha com capuz. E o inusitado do pedido fez com que ela se sentisse obrigada a explicar, de loja em loja: “Ele não vai viver”. Prometi, então, que depois que ela fosse internada, eu procuraria por ela. Encontrei no dia seguinte, em um shopping, uma roupinha branca com uma touca que ela ficou acariciando no hospital com os olhos afogados. Depois, buscou o álbum de fotografias de seu filho, Walmir, então com 4 anos. Acariciou cada foto em silêncio – cada uma delas uma prova de que ela poderia gerar um filho vivo.

Na rede pública de saúde, desenhou-se a estação seguinte do calvário severino. Ela foi empurrada de um hospital a outro, com a autorização judicial na mão. “Não há vagas”, “meus colegas são contra o aborto”, “tenha paciência”. Não fosse Paula Viana, da ONG Curumim, ajudar Severina a fazer cumprir seus direitos duramente conquistados, sua peregrinação duraria ainda mais tempo, como é mostrado no documentário.
Severina suportou mais de 30 horas de trabalho de parto, a maior parte delas com contrações excruciantes. Quando não tinha mais posição, arrastava-se até o corredor. Era inevitável encontrar-se com uma mãe feliz com seu bebê – vivo – no colo. Nesses momentos, os olhos de Severina gritavam uma dor que eu nunca vi no olhar de outro ser humano. Se a tortura de Severina fosse resumida em uma só cena, seria aquele olhar. Aquele olhar que palavras são insuficientes para descrever. Entre todas as mulheres da maternidade, Severina seria a única ali que, ao final, teria um caixão – e não um berço.
E assim foi.
Severina está longe de ter sido a única mulher torturada nesses anos todos, apenas que sobre a tortura dela há documento. Espero dormir na quarta-feira em um país que não torture mulheres porque tiveram a infelicidade de gerar um feto sem cérebro.
 Boa Boite;

Emilce Campos

ÚLTIMAS NOTÌCIAS

Com sessão suspensa, decisão sobre aborto de anencéfalos fica para 5ª

 texto atualizado às 18:37

Com cinco votos a favor e um contra, o julgamento que vai decidir sobre a interrupção da gravidez em casos de anencefalia foi suspenso até esta quinta-feira, 12. Os primeiros cinco ministros votaram a favor. Já o ministro Ricardo Lewandowski, último a votar, se disse contrário ao aborto nesses casos. O julgamento começou nesta quarta, 11, no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
Ainda faltam os votos dos ministros Carlos Ayres Britto, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cezar Pelluso. O ministro Antonio Dias Toffoli não votará, pois no passado, quando era advogado-geral da União, manifestou-se favorável à interrupção da gravidez no caso de anencéfalos.
Lewandowski justificou seu voto dizendo que qualquer decisão nesse sentido 'abriria portas para a interrupção da gravidez de inúmeros embriões portadores de doenças que de algum modo levem ao encurtamento da vida'.
Segundo a ministra Cármen Lúcia, 'a interrupção não é criminalizável'. Tal opinião complementa o discurso de Luiz Fux, que falou pouco antes e afirmou que 'a interrupção da gravidez tem o condão de diminuir o sofrimento da gestante'. O ministro trouxe dados recentes sobre casos de fetos anencéfalos.
A escolha do ministro Joaquim Barbosa foi mais rápida e se deu logo após a formalização do voto de Rosa Weber, ocorrido cerca de uma hora após o retorno da sessão, às 15h00, que tinha sido suspensa para o almoço. Marco Aurélio Mello foi o primeiro a declarar o voto.
Ele é o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamenta (ADPF) 54, proposta em 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, e iniciou a sessão às 9h50 com a leitura de estudos e pesquisas sobre a anencefalia. Segundo o ministro, 'a gestação de feto anencéfalo representa um risco à mulher e cabe a ela, e não ao Estado, sopesar valores e sentimentos de ordem privada, para deliberar pela interrupção, ou não, da gravidez'.

Inicialmente, o advogado da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), Luís Roberto Barroso, expôs os argumentos a favor da descriminalização da interrupção da gravidez em caso de gravidez de feto anencéfalo. O parecer favorável também foi apresentado pela Procuradoria-Geral da República, após argumentos do procurador-geral, Roberto Gurgel.
Durante essa primeira parte do julgamento, do lado de fora do prédio do STF, na Praça dos Três Poderes, um grupo de religiosos permanecia em vigília. Os católicos se uniram a evangélicos e espíritas em orações, pedindo que os ministros rejeitem a descriminalização.

 

 

 

 

 

 

domingo, 1 de abril de 2012

FILIAÇÃO EM SÃO JOSÉ DE RIBAMAR

A Executiva Regional e Municipal esteve ontem na Cidade Balneária de São Jose de Ribamar  para mais um dia de Filiação e Criação do PTBM naquele município.Estiveram reunidos;liderenças comunitárias, políticas, vereadores, pré-candidatos, liderança juvenil. Tivemos como sempre nos acompanhando  o Deputado Manoel Ribeiro, político sério e preocupado na causa da mulher, abraçando com carinho  nossa bandeira de luta para sentirmos seguras em todos os segmentos.Fomos bem recebidas pelas mulheres Ribamarenses, todas preocupadas em obter melhorias para sua cidade, comunidade, onde chegaram a citar,alguns problemas relacionados a melhorias da cidade e pediu apoio ao deputado.Fechamos com chave de ouro naquele município as comemorações ao Dia Internacional da Mulher, onde houve  homenagens, sorteios de brindes doados pela regional ptbm.. Na fala o deputado se comprometeu levar para aquela cidade parcerias da Secretaria e delegacia da Mulher.A presidente regional ficou muito feliz, pela recepção calorosa que recebeu daquela cidade,feliz por ter mulheres gurreiras,fortes,lutadoras ,e mais, mulheres da melhor idade firmes e fortes, No seu discurso, a presidente regional falou, que se fala tanto que os jovens são o futuro do país que devemos lutar e acreditar neles, mas ,ela disse que,; aquelas mulheres com cabelinho branco, idade de muito cuidado, chegaram a essa melhor idade acreditando na mudança, na mudança da cor desse cenário de que nós mulheres somos capazes que podemos sim ser a trans formação desse país.e, que, não somos  uma ameaça  sequente ao EGO DO HOMEM,ao contrário somos apoio para eles ,levantamos a mesma bandeira de luta, de melhorias e conquistas cada vez mais para nosso estado e país.

Dia de Filiação em Paço do Lumiar- Levando com bandeira de frente ' Mulher tem que ser Honesta '

A Executiva Regional do PTBM esteve, no dia 24, do mês passado, na cidade de Paço do Lumiar, para mais um Dia de Filiação, e também para criação do PTBM e JPTB daquele município, que estará sob o comando e a responsabilidade da senhora Anniele, que saberá conduzir o mesmo de acordo com a filosofia de nosso partido.
Aproveitamos esse momento de filiação para comemorarmos o Dia Internacional da Mulher já que março foi intitulado como o marco dessa ocasião. Embora saibamos que todo dia é dia da mulher e com muito orgulho.
Estiveram presente, ainda, nesse evento, lideranças comunitárias, lideranças políticas e pré-candidatos  ao próximo pleito. A presidente do PTBM de São Luís, senhora Eunice Cruz; o Presidente do PTB Municipal de Paço do Lumiar, o Deputado Estadual Manoel Ribeiro; e representando o Presidente do Diretório Estadual, Secretário Pedro Fernandes, que não pode se fazer presente, a  senhora Clarice Eudes, Tesoureira Geral do PTBM,Vereador José Itaparandir, Vereadora Orlete,após apresntação e fala das autoridades,podemos ouvir a Presidente Regional PTBM  senhora Emilce Campos, que fez, uma bela homenagem as Mulheres Luminenses e todas Mulheres de nosso planeta. Fez um sorteio de singelos brindes escolhidos por ela com maior carinho para ser sorteado naquele dia.Aproveitou o ensejo também pra anunciar que o PTBM tem seu candidato a Prefeito e que será com muito orgulho o Deputado Manoel Ribeiro, um homem competente, atuante ,guerreiro, o homem que abraçou a causa das mulheres com maior carinho preocupado com a segurança das mesmas em todos os segmentos,precisamos de um político à altura dele que trabalhe as ações sociais,que dê a essas mulheres,qualidade de vida mais digna, que nos ajude a resgatar essas mulheres para o meio sócio cultural. A presidente aproveitou a ocasião e pediu que fosse implantado naquela cidade, um Centro de apoio a Melhor Idade,com Qualidade  de Vida e Saudável e também  a Casa da Mulher Empresária onde possa resgatar essa mulher que se sente incapaz de qualquer coisa, a voltar se sentir útil através de sesu trabalhos artesanais,culinários,enfim.. Agradeceu a todos e falou de sua satisfação de estar alí em mais uma missão cumprida.


Emilce Campos
Presidente Regional.

Dia de Filiação em Paço do Lumiar- Levando com bandeira de frente ' Mulher tem que ser Honesta '

A Executiva Regional do PTB Mulher esteve reunida na Cidade  de Paço do Lumiar para as comemorações ao Dia Internacional da Mulher. Neste dia fizemos Filiação das mesmas ao nosso partido. Tivemos grande participação de lideranças comunitárias, Mojó,Iguaíba,Maioba,Maiobão,São José de Ribamar, lideranças políticas,pré - candidatos. Na ocasião criamos o PTBM e JPTB daquele município.onde  o PTBM daquela região estará sob o comando e a responsabilidade da nossa companheira e candidata a vereadora senhora Anniele, se fez presente a